O CIDADÃO CONTEMPORÂNEO FRENTE ÀS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO #TIC
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https://www.amazon.de/CONTEMPORÂNEO-TECNOLOGIAS-INFORMAÇÃO-COMUNICAÇÃO-Portuguese-ebook/dp/B07GCRSM12 - Portuguese Edition Kindle Edition. O LIVRO aborda fenômenos de mudanças de comportamentos dos cidadãos frente às Tecnologias da Informação e Comunicação – TIC, vivendo na Sociedade da Informação em Rede, e as perspectivas futuras, a Sociedade de Serviços, quando as TIC, em especial os dispositivos móveis como o celular, chegam às mãos de mais pessoas com carência de recursos materiais e cognitivos, seja pela falta de acesso a informações de utilidade pública, habilidade de uso das tecnologias ou analfabetismo funcional presente no Brasil contemporâneo
O acesso e uso da informação interativa em redes sociais, e o número de ambientes virtuais de aprendizagem colaborativa são crescentes, e a perspectiva é que ambos possam promover melhores condições de vida e bem-estar de comunidades. Assim, realizaram-se-se diagnósticos pela observação do cidadão, no seu acesso, uso e apropriação das TIC, na busca e difusão da informação, no uso de TIC para alterar conteúdos existentes na Internet, produzidos para si ou para sua comunidade. A intervenção da pesquisa para o suporte à presente obra tinha como foco o uso de dispositivos móveis para otimização da difusão da informação nos ambientes virtuais de aprendizagem em comunidades de vulnerabilidade social. As mudanças de comportamentos possíveis são reflexo da permanente adaptação a novos processos, ao uso de novas tecnologias, sobretudo, a novas maneiras de viver em comunidade e em sociedade. Nos desdobramentos da sociedade contemporânea espera-se que estas mudanças favoreçam à busca da conquista da cidadania, algo já observado com indivíduos que portam dispositivos de comunicação móvel inteligentes.
PREFÁCIO
A ÚLTIMA FRONTEIRA DA HUMANIDADE, DIZ-NOS, É A CONSCIÊNCIA[1]
Vivemos um tempo de mudanças profundas, rápidas, aceleradas. Tudo se transforma a uma velocidade vertiginosa, obrigando a uma permanente adaptação a novos processos, a novas tecnologias, sobretudo, a novas maneiras de viver em sociedade.
Há quem veja estas mudanças pelo prisma de um optimismo tecnológico que, mais tarde ou mais cedo, iria resolver todos os nossos problemas. É uma ilusão. Há quem, pelo contrário, se dedique a um pessimismo metódico, vendo a catástrofe a cada esquina. É um absurdo. O nosso trabalho é compreender, tentar compreender. É para isso que serve o nosso conhecimento, o pensamento, a indagação científica.
Como bem escreve, Walter Benjamin: “Para o génio, toda e qualquer censura, os pesados golpes do destino, e também o sono sereno, são parte do trabalho diligente da sua oficina. Génio é trabalho diligente”.
É a este trabalho diligente que se dedica Benedito Medeiros Neto, nesta obra dividida em quatro partes, que junta um conjunto muito importante de textos sobre O cidadão contemporâneo e as tecnologias de informação e comunicação. O autor adopta diferentes estilos de escrita, para nos introduzir numa reflexão rica e estimulante, que nos provoca, que nos obriga a pensar, que nos coloca perante dilemas centrais do futuro presente, isto é, do futuro que já é presente.
Ao longo dos quinze capítulos são, muitas vezes, os mesmos temas que voltam, mas retomados a partir de diferentes experiências e pontos de vista. Uma das qualidades deste livro é a capacidade do autor para ligar teoria e prática, para avançar elaboradas reflexões teóricas confrontando-as com experiências concretas, na universidade e em comunidades.
Um tema atravessa toda a reflexão de Benedito Medeiros Neto, a cidadania na era digital, sempre com uma preocupação com a desigualdade. É por isso que, logo no texto de abertura, apresenta a questão central do livro:
“A Sociedade Contemporânea está em um processo sem precedentes de imersão no meio digital (computação), em um ambiente de comunicação global, ubíquo, participativo e interativo […]: como explorar este novo meio e suas facilidades para aumentar o processo de Cognição Social e dirigir o desenvolvimento humano contra a desigualdade persistente? ”
Benedito Medeiros Neto tem razão quando escreve que, do ponto de vista da cidadania, as novas possibilidades digitais incluem e excluem, criam e retiram direitos, aproximam e afastam a participação. É esta consciência que nos permite enfrentar com lucidez o “admirável mundo novo” que as tecnologias de informação e comunicação têm vindo a fabricar.
Hoje, sabemos que George Orwell se enganou, no seu extraordinário 1984. O “Big Brother” não existe. A rede é o “Big Brother”. O panóptico total, e irreversível, é um manto reticular tecido diariamente pelas nossas próprias mãos, e a partir da nossa liberdade. Voluntariamente – por vezes, mesmo, avidamente – colocamos na rede as nossas vidas. O que somos. O que pensamos. O que desejamos. O que comemos. E onde? E quando? E com quem? Deixamos que a rede molde as nossas preferências, com sugestões de leituras, de lugares, de encontros, e até de sonhos. A única escapatória seria o refúgio num submundo, situado não numa imensa cave da Terra, mas antes numa implausível existência fora do digital.
Já chegou o dia em que a rede nos conhece melhor do que nós mesmos. Mas esta rede não é uma conspiração, é um entrelaçamento de vontades de pessoas livres. Hoje, explica-nos Jonathan Crary, “o principal fio condutor de nossa história de vida são as mercadorias electrónicas e serviços de mídia por meio dos quais toda experiência é filtrada, gravada ou construída”. Mas afinal onde está o problema? São as pessoas que decidem sobre as suas vidas? Ou não?
Simbolicamente, o problema pode ser ilustrado por esta passagem do autor de 24/7 – Capitalismo tardio e os fins do sono: “Somos o sujeito obediente que se submete a todas as formas de invasão biométrica e de vigilância. E que ingere comida e água tóxicas. E vive, sem reclamar, próximo a reactores nucleares”.
Aqui estão os sinais da nossa abdicação pela responsabilidade em relação à vida. Este é o problema. A sobre-exposição espetacular das nossas vidas, parece traduzir-se num retraimento da nossa responsabilidade social. Como se quiséssemos afirmar exuberantemente o nosso direito à liberdade, individual, mas nos retraíssemos perante o exercício da liberdade como dever, isto é, como forma de intervenção nos grandes debates e decisões do mundo.
Não há refúgio num qualquer submundo, mas há uma saída possível. Permitam-me que recorra a uma palestra extraordinária dada por Maxine Greene, há 35 anos, sobre A educação pública e o espaço público: “Criar uma geração de espectadores não é educar. Não consigo imaginar um sentido coerente para a educação se algo de comum não surgir num espaço público”.
Esta é a nossa saída: valorizar e reforçar um espaço público de discussão e deliberação, de participação democrática, de cidadania com todos. É neste espaço público que a informação, a comunicação e a computação se podem fazer compartilhamento, capacidade de pensar e de agir uns com os outros. É este o sentido maior da cidadania que Benedito Medeiros Neto procura ao longo deste livro.
Yuval Harari, em duas obras de grande impacto, Homo Sapiens e Homo Deus, escreve que, pela primeira vez na história da humanidade, há uma dissociação entre a inteligência e a consciência. Nos nossos dias, já se produzem máquinas muito mais inteligentes do que os humanos, máquinas que têm capacidade de aprender. A última fronteira da humanidade, diz-nos, é a consciência.
Benedito Medeiros Neto tem razão: para uma cidadania consciente e participada, é fundamental promover novos modelos de educação e de aprendizagem, de cultura e de conhecimento, de presença e de decisão na sociedade. Com lucidez, ajuda-nos a pensar e a percorrer o caminho de uma cidadania com igualdade, até porque sem igualdade não há cidadania. É ao serviço deste propósito que o autor coloca a sua inteligência e a sua liberdade, dando-nos uma obra fundamental para compreender os dilemas que todos os dias enfrentamos na nossa vida pessoal e colectiva, na defesa dos nossos direitos e no dever de defendermos os direitos dos outros.
António Nóvoa - Professor catedrático do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa e reitor honorário da mesma universidade. Candidato independente às eleições presidenciais de 2016 de Portugal.
[1] António Manuel Seixas Sampaio da Nóvoa, GCIP – ComRB, (Valença, 12 de dezembro de 1954) é um professor universitário português, doutor em Ciências da Educação (Universidade de Genebra) e em História Moderna e Contemporânea (Paris-Sorbonne). https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_Sampaio_da_N%C3%B3voa
VEJA A INTRODUÇÃO-APRESENTAÇÃO
SUMÁRIO
VEJA ESTA PARTE I - DE ONDE VIEMOS E PARA ONDE VAMOS COM AS TIC NO BRASIL
1 OS MARCOS DO FINAL DA ERA INDUSTRIAL
- Migração de empregados da indústria
- Da sociedade pós-industrial ao choque do futuro
- Ao que assistimos após a era industrial?
- A perspectiva das inovações tecnológicas
- Impactos da inovação e da TI nas organizações no contexto brasileiro
- O conhecimento, a comunicação e a cultura na modernidade líquida
- Século XXI: interativo e transacional
2 O SURGIMENTO NO BRASIL DA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO
- A expansão das TIC na sociedade
- América Latina na última década
- Um modelo de política de informação para o Brasil
- Avanços e retrocessos do acesso e uso da informação no Brasil
- Tecnologia e trabalho
- Informação e desigualdade
3 DA DESIGUALDADE ÀS LITERACIAS DIGITAIS NO BRASIL
- Exclusão e desigualdade na América Latina e Caribe
- O Governo Digital Brasileiro (Governo Eletrônico)
- O início do Programa Gesac
- O Programa Gesac e sua prática com a comunidade de software livre
- Literacia como o futuro da inclusão digital
- Inclusão digital e a competência em informação
- Literacias digitais para excluídos
- Um estudo de caso de colaboratividade para superar as desigualdades
- Uma perspectiva das literacias digitais no Brasil
PARTE II - A REDUÇÃO DO DISTANCIAMENTO ENTRE O HOMEM E A MÁQUINA NA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO
4 UBIQUIDADE, CONVERGÊNCIA, HIBRIDISMO NA MOBILIDADE INFORMACIONAL DE UM TERRITÓRIO
- Conceitos e fundamentos
- Do uso das TIC à mobilidade
- Ubiquidade versus autonomia
- A Convergência aumenta a conectividade
- A Internet das coisas (Internet of Things - IoT)
- Hibridismo nas mídias
- Mobilidade informacional em um território
- Projetos colaborativos para mobilidade informacional em um território
- A mobilidade informacional em um território como uma função (TIC; ubiquidade; convergência; hibridismo)
- A cibercultura como um exemplo de mobilidade informacional em um território
5 A INTERDISCIPLINARIDADE ENTRE A INFORMAÇÃO, A COMUNICAÇÃO E A COMPUTAÇÃO NA ECONOMIA DIGITAL
- O traçado de convivência das ciências da informação e computação
- O dispositivo móvel como fator para interdisciplinaridade
- Mediando a multidisciplinaridade, a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade
- A cognição na Idade Digital junto com a cultura
- O desdobramento das três áreas de conhecimento na vida das pessoas
- Ciberdemocracia e Governo Digital (Eletrônico)
- As perspectivas da desejada interdisciplinaridade
- Comunicação ubíqua na perspectiva dos serviços
- Qual o futuro do aprendizado móvel na educação?
- A linguagem algorítmica
6 ATIVISMO, CIDADANIA E OS SERVIÇOS PÚBLICOS ENQUANTO DIREITOS SOCIAIS
- O nascimento da cidadania
- As conquistas dos direitos civis, políticos e sociais
- Um conceito de e-cidadania
- Ciberdemocracia e e-cidadania
- Cultura para a e-cidadania
- Educação e, depois, a e-cidadania
- Do anseio às novas práticas na sociedade contemporânea
- Os meios de que dispomos para o exercício da e-cidadania
- Uma nova forma de viver em sociedade
7 INCLUSÃO DIGITAL, COMPETÊNCIA EM INFORMAÇÃO E LITERACIAS DIGITAIS: DA INTERSEÇÃO E DA UNIÃO DOS CAMPOS E CONTRIBUTOS
- Ações de pesquisa e educação na sociedade da informação
- Inclusão e literacias digitais como antecedentes da nova educação
- Inclusão digital versus inclusão social
- Competência em informação e literacias digitais
- Literacia digital – opção interconceitual para cenários atuais
8 SMARTPHONES NO AMBIENTE COLABORATIVO DE APRENDIZAGEM E USO NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
- A presença do celular na mudança dos contextos social, cultural e econômico
- Sociedade conectada no Brasil, na América Latina e no mundo
- O celular no contexto da economia digital
- A produção exponencial de conteúdos
- Mobilidade dos celulares na educação
- A internet das coisas (Internet of Things - IoT)
- O outro lado (da moeda) da tecnologia
- Informática e sociedade
- Perspectivas do celular na economia digital
9 A SOCIEDADE DE SERVIÇOS 3.0 – UM OLHAR ALÉM DA SOCIEDADE EM REDE
- Desdobramentos da sociedade contemporânea
- Sociedade da informação em rede
- Fatores atuais que levam à sociedade de serviços
- Olhando 50 anos de convergência das telecomunicações e da informática
- Na perspectiva da comunicação ubíqua e do hibridismo
- As informações que aumentam a participação coletiva
- Uma internet semântica
- TIC para empresas da economia digital e educação
- Cenários econômicos
- O que esperamos com agricultura 5.0?
- Pode-se automatizar mais a indústria 4.0?
- Vivemos em uma sociedade de serviços 3.0?
PARTE III - O CAMINHO DA INVESTIGAÇÃO
10 PROJETO DE PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃO
- Aplicação prática da interseção dos conceitos de inclusão digital, competência em informação e literacia digital
- Projeto de ensino, pesquisa e extensão
- Educação on-line como indutora do ensino na era digital
11 AVALIANDO A PRESENÇA DE CELULARES EM AMBIENTES DE VULNERABILIDADE SOCIAL (PARANOÁ E ITAPOÃ, UnB, BRASÍLIA)
- Intervenção para o processo ensino-aprendizagem
- Metodologia
- Método de pesquisa do ambiente virtual de aprendizagem
- Análise do uso de laboratórios, notebooks e smartphones
12 PLANO DE TRABALHO PARA PESQUISA DE INTERVENÇÃO SOCIAL E ACHADOS
- Uso das TIC, ubiquidade, convergência e hibridismo para a prática pedagógica – Paranoá e Itapoã - DF
- Construção do ambiente de aprendizagem
- Implementação dos projetos colaborativos
- A mobilidade informacional em um território como uma função resultante de fatores
- Trazendo os resultados
PARTE IV - APLICAÇÃO DAS TIC NA MEDIAÇÃO DA EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS SOCIAIS E CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO
13 ANÁLISE DE REDE SOCIAL DO PARANOÁ E ITAPOÃ COM ENFOQUE EM INTERAÇÃO COLABORATIVA
- Ensino Pesquisa e Extensão na Universidade
- Fundamentação
- O caminho que levou ao método desenhado para o projeto
- Conclusão e achados
14 FORMAÇÃO DE TUTORES: ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS E LÍDERES COMUNITÁRIOS
- Introdução
- Contribuições das teorias pedagógicas de aprendizagem na transição do presencial para o virtual
- Universitários e líderes no papel de mediadores
- Avaliação da mediação dos tutores
- Análise e interpretação dos dados e informações
- Apêndice A - Conteúdo dos cursos
- Apêndice B - Indicadores de competência para 6 tutores
15 AS PERCEPÇÕES DE APRENDIZAGEM NAS PRÁTICAS MEDIADAS POR SMARTPHONES
- Fundamentação para expansão do uso das TIC
- Das análises dos dados e das informações levantadas
- As perspectivas da nova mediação na era digital
BIBLIOGRAFIA
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